Hoje resolvi escrever sobre um assunto bem recorrente em minha vida. Pra dizer a verdade um assunto que me acompanha desde que nasci: Meu sobrenome.
Desde de que me entendo por gente escuto ou vejo meu sobrenome por parte de pai escrito errado e volta e meia tenho que corrigir alguém. Hoje encaro isso como uma vantagem pois todos que escutam ou escrevem certo ou os que corrigem, fixam bem e nunca mais esquecem.
Acredito que além de toda a família "Pippi" várias pessoas passam por isso, pois o Brasil é uma mistura de várias culturas e além disso muitos estrangeiros que chegavam aqui registravam como bem queriam os filhos e os escrivães então...escreviam como bem entendessem.
Quando pequena, sempre estudei com várias Julianas , então meu sobrenome se tornou ainda mais importante para minha individualidade. Paradoxalmente é justamente nessa fase que as brincadeirinhas e piadinhas com o nome também acontecem. Cansei de ser chamada de pipi...xixi...e ouvir muitas risadinhas...Mas como sempre fui tranqüila com isso e despachada , prontamente me defendia dizendo:-" é um sobrenome italiano , não é pipi é Píííppi". Certo período , de minha adolescência, meus pais até me recomendaram utilizar o acento agúdo no primeiro "i"para facilitar. Depois que entrei na faculdade e conheci os mais diversos nomes e sobrenomes, tão diferentes quanto o meu, relaxei. Depois de um tempo decidi eliminar o acento e assumi meu Pippi de vez. Hoje , depois de casada , adotei o sobrenome do meu marido "Lima"para facilitar na ora de falar meu nome por telefone para aqueles que não me conhecem , por exemplo uma "super esperta atendente de telemarketing". Admito que facilitou muito a minha vida para algumas coisas , mas como para todo mundo sempre fui a Pippi, construí minha identidade e até minha carreira com esse sobrenome polêmico. Hoje , não ligo mais , escrevendo certo ou errado: -" sou Juliana Pippi, muito prazer!"